quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Urbanidades - Pesquisas apontam tendência de extinção da classe “E” no Brasil

Desde a primeira eleição do Governo Lula, que promoveu um gesto simbólico forte com a presença de um operário sindicalista ao cargo político mais importante do Brasil, o discurso de combate a fome e a miséria permeou todas as camadas da nossa sociedade. A promessa seria de uma revolução social, de combate a fome e a miséria. Passados 10 anos a eficiência da política aparece nos institutos de pesquisa com contrastes que revelam a dimensão da revolução democrática que o Brasil vive nos últimos 10 anos. O dado mais gritante é a possível extinção da classe “E”, que historicamente esteve na base da nossa pirâmide social.
Segundo o IPC Marketing, em números exatos hoje são 404,9 mil ou 0,8% dos lares são de classe “E”. Esse número é resultado dos cálculos do estudo IPC-Maps, feito pela IPC Marketing, consultoria especializada em avaliar o potencial de consumo. Em 1998, a classe E reunia 13% dos domicílios, indica o estudo baseado em dados do IBGE. Em entrevista ao Estado de São Paulo, Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, explica que os dados são atualizados segundo um modelo desenvolvido pela consultoria, que leva em conta a pesquisa do Ibope Mídia sobre a distribuição socioeconômica dos domicílios, projeções de crescimento da população e da economia, entre outros indicadores. Os lares são classificados segundo o Critério Brasil, da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (Abep), que leva em conta a posse de bens e o nível de escolaridade do chefe da família.


Uma nova realidade brasileira

O mesmo ocorre com os levantamentos do Instituto Data Popular, especializado em baixa renda. O Instituto aponta que a Classe “E”, em 2001, era 10% da população (17,3 milhões) e, em 2011, tinha caído para 3,6% ou 7 milhões, segundo o estudo que divide a população pela renda mensal per capita – R$ 79 para a classe E. Em entrevista ao Estado de São Paulo Pazzini afirma que “não dá para dizer que acabaram os pobres, mas diminuíram muito, e a condição social deles melhorou porque tiveram acesso a vários bens de consumo, o que antes era praticamente impossível”.

Para o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, em entrevista ao Estado de São Paulo afirma que a tendência das pesquisas aponta uma forte redução do contingente de pobres. “Em dez anos, foram 10 milhões de pessoas a menos na classe E”, observa, ponderando que a divergência entre a ordem de grandeza dos resultados pode ser decorrente do fato de muitas pessoas da classe E não terem domicílio.

Mais pobres representam 0,8% e mais ricos 0,5%

As pesquisas apontam que a diminuição das classes “E” e “D” no período de 1998 e 2011, ocorreram na medida que os domicílios migraram para classes mais bem avaliadas. A fatia dos domicílios de classe D caiu quase pela metade no período, de 33,6% para 15,1%. Já os estratos C e B cresceram. Em 1998, 17,8% dos domicílios eram da classe B e, em 2011, representavam 30,6%. Na classe C, o crescimento foi ainda mais significativo, de 31% em 1998 para 49,3% em 2011, aponta o IPC-Maps. Resultado: quase 80% dos lares brasileiros hoje já são de classe C ou B. “Não dá mais para falar em pirâmide social, com a baixa renda representando a maior parte da população. Agora a estratificação social é como um losango”, diz Pazzini. Ele destaca que hoje o porcentual de domicílios mais pobres (0,8%) quase empata com o total de mais ricos (0,5%). Fonte AE.



Esteio no mapa do Brasil

Em Esteio, assim como na maioria das cidades brasileiras, os domicílios e suas respectivas classes sociais são regionalizados, ou seja, é possível identificar pela região da cidade as classes sociais, as estruturas domiciliares e de suas famílias. Além das regiões limítrofes no entorno do município, o Parque Primavera foi espaço de reassentamento de famílias para diversos programas na cidade que demandaram novas residências, tal como a remoção de parte da Vila Pedreira que margeava a BR-116. A prefeitura implementou, nessa região, uma gama de projetos sociais com recursos do Governo Federal que tinha por objetivo civilizar, estruturar e fornecer a de atenção social por parte do poder Estatal dirigida às populações de dependem exclusivamente desses atendimentos. O processo de urbanização da rua Orestes Pianta, no parque Primavera, em Esteio, ocorrida nos últimos 10 anos, representa em nossa cidade uma pequena amostra da mudança que afetaram as estatísticas nacionais.

Valter é morador da rua L


Os dados nacionais apontam que a situação de Valter Emílio Dreier de Souza, morador da Rua “L”, no Parque Primavera, tende a melhorar. A Rua “L”, em Esteio, é um dos redutos que concentra domicílios de Classe “E”. Valter trabalha com sua carroça comercializando produtos de reciclagem e reside às margens do Arroio por três anos.

Concretização de novo projeto e a continuidade de Urbanidades

No final de janeiro, na continuidade do projeto Urbanidades, em parceria com o Jornal Eco do Sinos de Esteio, a Esparta iniciou novo trabalho intitulado Nossa gente, nossa cidade... Os conteúdos já foram publicados no início de fevereiro e agora indexados em nosso blog para a apreciação de todos nossos parceiros.
Grande abraço,
Charles Scholl
Consultor de Comunicação
Esparta – Ação Tática e Estratégia


Nossa gente, nossa cidade...

Nascimento de Wendel, aniversário de Cátia e Margarida Chaves

A equipe do Jornal Eco do Sinos, ao revisitar a região da tríplice fronteira que inspirou a segunda reportagem da editoria “Urbanidades”, reencontrou Cátia, no dia 27, quando comemorava seus 32 anos.

Cátia Chaves, Wendel e Lucas

A surpresa estava em seus braços, pois quando entrevistamos sua vizinha Michele, Cátia se mostrou muito gentil e comunicativa, favorecendo o trabalho da nossa equipe. Naquela semana, Cátia ostentava as formas de uma mulher grávida, prestes a dar a luz. Quando levamos o jornal com a publicação de sua vizinha Michele, Cátia Chaves segurava em seus braços Wendel Larry, que nasceu no dia 23. A casa estava em clima de festa, pelo aniversário de Cátia e pelo nascimento de Wendel. Para ajudar a família com o nascimento de Wendel, encontramos Maria Margarida Borba Chaves, a vovó que recentemente, no dia 8 de janeiro, comemorou 68 anos de idade. Parabéns para todos. A equipe do Jornal Eco do Sinos agradece a colaboração de seus leitores e lhes deseja muitas felicidades.

Braiam e Margarida Chaves