terça-feira, 11 de novembro de 2014

Raul critica manipulação da informação

Deputado apontou crimes cometidos pelos grupos Abril e RBS durante o processo eleitoral, que taxaram de corruptos a presidenta Dilma e o deputado Elvino Bohn Gass



Raul Pont abordou a tentativa de golpe eleitoral e de deslegitimização do processo eleitoral protagonizado pela Revista Veja, da Editora Abril, na semana que antecedeu o segundo turno das eleições presidenciais. A revista chegou a antecipar em dois dias sua circulação, exatamente para criar um clima de comoção e mudança no sentimento dos eleitores, a partir de uma denúncia que envolvia os nomes da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula. "Qualquer revista tem direito de fazer matéria e fazer denúncia, desde que com fundamento", sustentou o deputado petista na sessão plenária desta terça-feira (11).

Naquele momento, segundo ele, não havia, e não há, ainda, nenhuma sustentação no processo que corre em sigilo de justiça, com ou sem vazamento, pelo depoimento do doleiro Alberto Youssef ou de seu advogado. "Todos negaram, posteriormente, que houvesse tal depoimento, mas a Veja estampou na capa o suposto fato como fruto de vazamento de um processo em curso na Polícia Federal. Isto significa um crime, porque a matéria não só é mentirosa como tentou incidir diretamente num processo democrático em curso, onde, no domingo, as pessoas foram chamadas a votar e os atingidos não teriam qualquer possibilidade de defesa ou resposta em prazo exequível, fosse via TV ou rádio".

Para Raul Pont, são públicas e notórias as posições políticas do Grupo Editorial Abril, na sustentação da ditadura militar. "Ela tem que pagar pelo crime que cometeu, afinal inventaram um fato, forjaram uma matéria e tiveram cumplicidade do PSDB, que editou a capa da revista de forma anônima, clandestina e a distribuiu em todo o país. Aqui no Rio Grande do Sul, a Gráfica Lorigraf, em Caxias do Sul, imprimiu centenas de milhares daquele panfleto, mesmo já sabendo que fora proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Quem pagou isto? A coligação Muda Brasil e o PSDB", apontou.

Crime e maldade no RS

O deputado também abordou a matéria do Jornal Zero Hora desta terça-feira (11) que aponta como causa do elevado número de suicídios entre fumicultores gaúchos possíveis pendências com financiamentos e dívidas junto ao Pronaf. Ao responder para deputados do PSDB, que levantaram suspeitas sobre os casos na Tribuna da Assembleia, Raul disse que é preciso separar os temas, pois parte das mortes deve-se ao uso de agrotóxicos e, outros, a comportamento suicida. "A malversação dos recursos do Pronaf evidentemente precisa ser esclarecida e todos aqueles que fizeram isto, punidos. Estamos sempre na linha de frente para condenar e punir qualquer um que se beneficiou deste tipo de política, de mau uso de recursos públicos. A outra questão é o uso maldoso e criminoso que fizeram do caso na propaganda eleitoral de rádio e TV".

Na opinião do parlamentar, ao se utilizarem de informações obtidas a partir de um suposto vazamento, com base em um telefonema ao deputado federal Elvino Bohn Gass, que a imprensa repercutiu e que não permitia nenhum tipo de ilação, ambos - o deputado e o governo Tarso Genro - foram taxados criminosamente de corruptos. "Este comportamento é inaceitável para a boa prática política num regime democrático", entende Raul. "Não demorou uma semana para que o próprio procurador da República e o ministro Teori Zavaschi, tido como dos mais rigorosos do STF, decidissem, a partir dos autos que receberam, que não havia nenhum indício que justificasse a manutenção do deputado Bohn Gass nos autos. O uso eleitoral do 'fato' foi criminoso, pois jogou a opinião pública contra o deputado e o partido do qual ele participa".

Pont credita o fato e uma prática recorrente na grande mídia, especialmente do jornal ZH e do grupo RBS. "Fazem o alarde de sempre, identificando o deputado, e depois, quando publicam a reparação, onde sequer reconhecem que erraram, não se desculpam e nunca dão o mesmo espaço para o direito de resposta. Isto tem que acabar, é uma manipulação constante da informação, o uso mal intencionado de informações", encerrou.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Stela avalia manifestações pós-eleições

Deputada criticou pedido de recontagem de votos pelo PSDB e protestos "patrocinados por setores bolorentos, conservadores, antidemocráticos, inconstitucionais, com cheiro de fascismo".

A deputada Stela Farias avaliou, na sessão plenária desta quinta-feira (06), o clima pós-eleitoral que o país vive e acusou os responsáveis pelas recentes manifestações de rua de moverem um descabido ataque à jovem e ainda frágil democracia brasileira. Segundo ela, alguns poucos representantes de setores atrasados da sociedade, aliados a partidos derrotados nas urnas, tentam dividir o país e impor, à presidente reeleita, uma pauta de derrotados. "É inadmissível que tenhamos líderes de partidos políticos que integram este Parlamento portando faixas à frente de manifestações pedindo intervenção militar", afirmou.
Na tribuna da Assembleia Legislativa, a deputada citou o inóspito pedido de recontagem de votos pelo PSDB e os lamentáveis protestos de rua, "patrocinados por setores bolorentos, conservadores, antidemocráticos, inconstitucionais, com cheiro de fascismo". Segundo ela, o jogo sujo da direita, tentando vencer a eleição no grito, principalmente na reta final da campanha, começou com a delação premiada "meticulosamente calculada pelo doleiro Yousseff para ocorrer exatamente naquele momento, às vésperas da eleição em segundo turno". Tudo conchavado com a grande mídia, continuou, "que jogou sua última cota de credibilidade com a publicação em uma revista semanal, lançada dois dias antes do previsto, contendo denúncias vazias e páginas recheadas de ilações, onde o ex-doleiro afirma que a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula sabiam dos supostos desvios na Petrobras".
Para Stela, trata-se de um verdadeiro panfleto eleitoral à serviço da direita brasileira. "Aliás, o panfleto da direita conservadora nas eleições, segundo opinião do ex-presidente Lula", cita. "Não conseguindo seu intento pelas urnas, a direita se rearticula e pede recontagem de votos numa instituição insuspeita como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um verdadeiro insulto, uma tentativa de vencer no tapetão, como fazem alguns times derrotados em campo". Para a deputada, o PSDB ultrapassa os limites democráticos, busca entrar num ambiente de terceiro turno e tangencia seus verdadeiros objetivos ao alimentar um ambiente de tensão, manter o clima de disputa e abrir outro espaço de atrocidades, nas ruas, e pedir a intervenção militar. Isto é absolutamente antidemocrático, investe contra a normalidade institucional, usa parcelas despolitizadas da população e tenta chantagear um governo legitimamente eleito".
A parlamentar afirmou que o país não está dividido, como apregoam os profetas do apocalipse. "Temos uma maioria eleita e uma minoria que busca manter seus privilégios históricos, chantagear e impedir a busca de uma sociedade mais justa e menos desigual", avaliou. "O povo quer mais democracia, mais diálogo, mais participação, mas a oposição está preocupada em atacar as instituições, e o maior exemplo disso é a derrubada do decreto presidencial que regulamenta os conselhos populares na administração pública". Manobras golpistas, em seu entendimento. "Manipulam descaradamente os fatos e as pautas importantes para o país, assim como tratam de engavetar projetos fundamentais, como o da reforma política. Conseguiram, com isto, derrotar o clamor do povo por mudanças, uma vez que o referido decreto (dos conselhos) decorre de posição pública assumida pela presidenta Dilma após as manifestações de junho 2013".
Não podemos vacilar na defesa do regime democrático vigente, concluiu, repudiando as manifestações que ocorreram e outras que possam vir ocorrer, neste sentido.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

PT organiza plenárias para o balanço das eleições e pela mobilização da Reforma Política.

A direção executiva do PT/RS em reunião ordinária, nesta segunda-feira (3/11), entre outros encaminhamentos, aprovou a construção de um calendário de plenárias regionais para o período de 24 de novembro a 15 de dezembro.

A atividade vai reunir a direção partidária, as coordenações regionais, lideranças e filiados, para fazer o balanço das eleições, organizar a pauta de mobilização do partido para o próximo período, entre outras pautas. “Queremos avançar no debate da Reforma Política e preparar as ações do PT no estado para agilizar este processo, junto com os movimentos sociais, sindical e entidades representativas da sociedade”, adianta o presidente estadual do PT, “vamos buscar também, para o bom debate, o engajamento da juventude que movimentou a campanha petista nestas eleições, para ampliar esta pauta”, acrescenta Ary Vanazzi.

O calendário será construído até a reunião do Diretório Estadual marcada para o dia 22 de novembro, sábado, e será realizado nas 27 regionais do PT. 


O PT gaúcho também já prepara, para 2015, o calendário do Processo de Eleições Diretas Extraordinário – o PEDEX – que vai reorganizar o partido naqueles municípios que não fizeram as eleições de suas novas direções, com base no Estatuto que rege as eleições internas do PT em todo território nacional, sob a coordenação da Secretaria Estadual de Organização.

foto Tina Griebeler