segunda-feira, 12 de março de 2012

Presidenta Dilma revela a Nassif olhar da economia do Brasil



Em entrevista concedida ao jornalista Luís Nassif, a presidenta Dilma Rousseff diz que a preocupação número um do governo, daqui para diante, será com o tsunami monetário e os riscos que traz para a indústria brasileira. “As condições do mercado mudaram”, avisa. "Se perguntar hoje qual é o maior cuidado do governo, respondo: é acompanhar como o Brasil se defende dessas políticas que são abertamente protecionistas praticadas pelos governos desenvolvidos".
Luís Nassif


(*) Publicada originalmente no Blog de Luís Nassif
Quem imaginava uma presidente emocionalmente abalada, depois de chorar em público pela saída de um assessor, pode desistir. A Dilma Rousseff que entrou no salão do Palácio Alvorada para tomar café vinha lépida, feliz, rejuvenescida e entusiasmada pela visita a Hannover, Alemanha, para participar da Feira de Tecnologia.


Lá, conferiu os stands alemães, quase todos apenas com filiais de empresas coreanas.
Depois, os brasileiros, com sistemas criativos, inovadores. “Todo mundo tinha coisa bem legalzinha”, conta a mineira Dilma, Entusiasmou-se com o sistema de controle de voo da Embraer, com a apresentação de Marcos Stefanini, de uma empresa brasileira de TI, que mostrou o grande diferencial brasileiro: jeitinho, criatividade.

Foram 90 minutos de entrevista, interrompida por um telefonema de Lula que mostrou ter recuperado a voz.

A seguir, os trechos principais da entrevista. Nela, diz que a preocupação número um do governo, daqui para diante, será com o tsunami monetário e os riscos que traz para a indústria brasileira. “As condições do mercado mudaram”, avisa ela. E analisa também as marolas em torno da suposta crise da base política.

Como os países ricos estão tratando a crise

É importante analisar como os países ricos tratam a crise.
Comecemos pelos Estados Unidos. O governo Barack Obama assumiu que queria política de crescimento imediato e correção de rumos fiscais no médio prazo. O problema foi a derrota no Congresso que o obrigou a optar pelo "quantitative easing" (programa de expansão monetária). Empurraram a crise com a barriga, aumentaram a quantidade de dinheiro nos bancos, mas não rolaram as dívidas das famílias, o que poderia ter destravado o mercado interno. Só agora nas eleições, depois de quatro anos de crise, começam a rolar as dividas das famílias.

O "quantatitve easing" é um mix de política macro, com taxas de juros lá embaixo, expansão monetária acelerada e segurar o lado fiscal. É evidente que por trás dela há a intenção de desvalorizar o dólar e melhorar o emprego interno.

O governo Obama foi levado a isso politicamente.

No caso da Europa, não: optaram por isso. O último relatório do BIS (o banco central dos bancos centrais) mostra que a estratégia visa dois objetivos principais: impede a crise bancária e ganha tempo para dois mecanismos: desvalorizar o euro e jogar a conta sobre países emergentes que têm câmbio flutuante. Mas, por outro lado, pode estar criando uma enorme bolha monetária.

Não há unanimidade no governo alemão com respeito ao tamanho da liquidez. Para eles foi importante para evitar um Lehman Brothers alemão, mas só isso. Não existe unanimidade na Alemanha sem sobre isso nem em relação à Grécia. Por trás da expansão da bolhas, há um medo da inflação, pelo histórico alemão com a hiperinflação. Medo que nós compartilhamos.

A arbitragem com países de câmbio flutuante

No filme "Muito Grande para Falir", na cena final o Secretário do Tesouro Paulson pergunta a Ben Bernanke se estava satisfeito com o fato dos grandes bancos terem absorvido os empréstimos para rolar dívidas. Bernanke, quieto, responde: não tenho certeza se eles vão emprestar. De fato, não emprestaram: uma parte ficou depositada no próprio FED, outra parte foi devolvida.
No caso da Europa, são um trilhão de euros emprestados a 1% ao ano, que em breve entrarão na ciranda financeira. Irão investir em títulos da Itália e Espanha, aumentando sua exposição? Não: virão fazer arbitragem aqui e em outros países. Tem uma enorme bolha a caminho.
O problema é que essa desvalorização cambial artificial é a forma de protecionismo mais feroz que se tem. Há um discurso dos países centrais, de que são defensores do livre comércio. Mas praticam o protecionismo mais feroz que se tem. E essa desvalorização artificial da moeda não está regulada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Então não venham reclamar de algumas medidas absolutamente defensivas que o Brasil toma.
Hoje em dia, via tsunami monetária, está em curso no mundo a prática das desvalorizações competitivas, o que se chama de "empobreça seu vizinho".
É uma situação esquizofrênica na Europa, que não consegue uma solução de crescimento.
Muitos países estão com graus de desemprego do ponto de vista política incompatível com sistemas democráticos abertos. A dívida grega não é financiável, assim como a de Portugal. Como conviver com nível de desemprego que chega a atingir 45% dos jovens? Destrói o tecido social, tira das pessoas a esperança.

A estratégia brasileira

No Brasil, vamos ter que perceber duas coisas:
Primeiro, as condições do mercado internacional mudaram. Estamos vivendo situação diferenciada. Não se pode perder a consciência do tsunami monetário. Tem que fazer avaliação sobre as estratégias a serem tomadas, e não se faz de forma abrupta e apaixonada. Com muita cautela, frieza, tranquilidade, iremos acompanhar o desenrolar da situação e tomar as medidas cabíveis.
Não tenho como adiantar as medidas cabíveis, mas para o governo brasileiro esta é a questão principal.
Se perguntar hoje qual é o maior cuidado do governo, respondo: é acompanhar como o Brasil se defende dessas políticas que são abertamente protecionistas praticadas pelos governos desenvolvidos.

A necessidade do investimento no Brasil

A própria China está promovendo uma transição do modelo de exportações para o mercado interno. Não vão parar de importar, mas irão se situar de forma diferente no mundo.
Por todas as manifestações que lemos: acho que os chineses se sentiram muito fragilizados diante da crise dos seus maiores mercados. Não podem mais confiar só no mercado externo.
Wen Jiabao disse que o modelo era desequilibrado, insustentável (usa quatro adjetivos): eminentemente desequilibrado: levará a impasses que terão que ser resolvidos.
A China caiu na armadilha do sobre investimento elevado, o que cria rigidez econômica muito forte. Agora, tentam fazer a versão.
No Brasil, anda estamos na fase de acelerar investimento. Em breve pretendo fazer uma reunião pessoal com os maiores empresários do país sobre a questão do investimento. Uma parte da decisão depende da expectativa, do que Delfim gosta de chamar de "espírito animal". O Brasil oferece todas as condições.
Em todos os lugares que vamos são as mesmas avaliações dos empresários internacionais. No último dia na Alemanha tivermos reunião com Angela Merkel na ABDI (o equivalente à nossa Confederação Nacional da Indústria).
A reunião foi para que nos falassem como pretender investir no Brasil. Havia uma porção de setores, quase uma rodada de negócios. E todos eles vinham, diziam que tinham empresa tal, na área tal, e todo interesse em investir no Brasil. Hoje em dia a maior parte da população alemã é de aposentados e crianças. E o Brasil tem o bônus demográfico. Eles olham para isso, para nosso mercado, para a estabilidade macroeconômica e política, para nossa tradição de respeitar contratos.

Revertendo a queda na indústria

Aqui não temos dúvida de que a economia mundial caminha para recessão com excesso de liquidez. A China reduzirá crescimento para 7,5% com a clara intenção de reverter o modelo para dentro. Outros grandes países vão perseguir esse fortalecimento do mercado interno, com, a possível exceção da Índia, que tem um déficit externo muito complicado.
Temos que ter consciência disso.
A situação atual não é a mesma de 2011. Nós tínhamos absorvido a expansão monetária dos Estados Unidos que de uma forma ou outra foi encaixada. Agora é absolutamente diferente, é recessão com uma gigantesca expansão monetária acumulada e uma tendência a uma volta aos mercados domésticos.
Vamos ter uma política clara em relação ao Brasil, da qual o melhor exemplo é a revisão do acordo automotivo com o México. Foi feito em 2002, em outra conjuntura, na qual cabia o acordo. E está em vigor até agora, em condições não adequadas ao Brasil.
O Brasil vai institucionalmente tomar medidas para garantir que nosso mercado interno não seja canibalizado. Tem queda na indústria, mas dá para reverter. Não daria se deixássemos continuar por dois, três anos. Agora dá e vamos fazer o possível e o impossível para defender a indústria nacional.

O papel da redução dos juros pelo BC

A redução dos juros, pelo Banco Central, não é só para esquentar a economia brasileira. Cumprimento o BC porque a intenção maior é equilibrar a taxa interna com a internacional. Hoje em dia esse diferencial é responsável pela maior arbitragem que existe no mundo.
Iremos fazer isso sem comprometer a luta contra a inflação.

O fantasmas das falsas crises políticas

Existe uma forma quase fantasmagórica de cobrir a política. A imprensa vem falando em crise com a base aliada. Não existe crise. Os conflitos - que sempre existirão - tem a ver com os processos pelos quais exercemos o nosso presidencialismo. Tem que ser de coalizão, mas não deixa de ser presidencialismo.
No caso do Brasil, alcançamos grande maturidade nas relações executivo-legislativo e executivo-judiciário. Podemos nos vangloriar de ter certa estabilidade.
Por aqui seria inconcebível uma relação Executivo-Congresso do tipo democrata-republicano As diferentes opiniões que se estruturam dentro da sociedade brasileira não permitiriam isso.
Temos tradição de sermos obrigados, como políticos que somos, a olhar o interesse de todos: o que nos EUA às vezes me parece que não é o caso.
Ninguém aqui pode durante muito tempo só defender seus interesses específicos sem que haja reação da parte da sociedade.
É sempre bom que tanto Executivo quanto Legislativo e Judiciários saibam que essa é exigência de postura de todos: presidentes, ministros, deputados, senadores e juizes. Esse é aspecto importante da nossa democracia e explica também porque, mesmo tendo eleições bastante atritadas, em alguns casos até duras, logo depois da eleição há como uma pacificação geral
Ai do presidente que não falar em nome de todos os brasileiros e brasileiras. Em outros países do mundo não se vê isso
Ao lado da coalizão há questão do interesse de todos, balanço do presidencialismo que fala em nome de todos e coalizão que são interesses partidários. É normal que se reivindique e se debata. É intrínseco a esse processo.
E partidos não podem arcar com ônus de inviabilizar acordos: são partes do acordo. Quando votam contra governo, são pontos muito específicos. Não tem desvio, conduta inadequada: que eles façam assim é da regra do jogo, que façamos de outro é da regra do jogo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Brigadistas esteienses visitam Cuba



Os esteienes Gildo Doheber, morador do parque Claret e Cesar Berzagui, que mora na rua Santo Antônio no Centro, integraram a brigada de brasileiros que fizeram viagem para Cuba. Ao todo foram 320 sul americanos, sendo 115 brasileiros, 15 gaúchos e, entre eles, dois esteienses. Os brigadistas da nossa cidade tiveram contato com a Fundação José Marti, conhecida como Casa de Cuba, em eventos promovidos pelo gabinete do vereador Leo Dahmer (PT). Gildo retornou para Esteio no dia 9 de fevereiro após ter passado pelas cidades de Santa Clara, Havana, Ilha da Juventude, Bibijagua entre outras praias da ilha.



A foto registra Gildo Doheber com Justo Orihuela Alvarez, que dirige o museu da maçonaria em Cuba. O esteiense está sistematizando as informações colhidas em sua peregrinação cultural para disponibilizar aos gaúchos. “Assim que o material estiver devidamente organizado quero disponibilizar o acesso à nossa comunidade”, afirmou Gildo.

quarta-feira, 7 de março de 2012

PED aponta redução de 1,9% na taxa de desemprego da população feminina

Pesquisa também mostra crescimento do nível ocupacional feminino na indústria, comércio e serviços

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) referente à inserção da mulher no mercado da Região Metropolitana de Porto Alegre foi divulgada, nesta terça-feira (06), na Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), em Porto Alegre. O estudo foi realizado numa parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e Fundação de Economia e Estatística (FEE).

Entre os principais resultados do trabalho, alusivo ao Dia Internacional da Mulher, está a redução da taxa de desemprego da População Economicamente Ativa (PEA) feminina, com diminuição de 1,9%, passando de 10,6% para 8,7%, entre 2010 e 2011. A PED também apontou crescimento do nível ocupacional de mulheres nos setores das seguintes atividades econômicas: indústria (crescimento de 7,6% para as mulheres, enquanto no segmento masculino o total foi de 3,8%), serviços (2,9% para as mulheres e 2,6% para os homens), e comércio (ampliação de 3,5% no contingente feminino e redução de 2,4% do masculino).

De acordo com a coordenadora da PED-RMPA, pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Irene Galeazzi, o desafio continua sendo uma mudança cultural, reconhecendo a mulher como profissional capaz, pois "ser mulher, não significa que o valor da nossa força de trabalho seja menor que a dos homens", afirmou.

A divulgação contou com a participação da secretária-adjunta da STDS, Walkíria Bopp, do Chefe de Gabinete, Paulo Ott, do diretor Administrativo da FGTAS, Heitor Lermen, do presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Adalmir Marquetti, além de representantes da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, entre outras instituições. Para mais informações, confira o Informe Mulher e Trabalho - 2012.

terça-feira, 6 de março de 2012

Em grande expediente Villaverde defende sustentabilidade na gestão pública


Adão Villaverde destaca a importância da gestão pública sustentável

Villaverde ressaltou que gestão com sustentabilidade abre novas vias para a administração pública

O Grande Expediente da sessão plenária da tarde desta quarta-feira (29) foi ocupado pelo deputado Adão Villaverde (PT), que falou sobre "Gestão Pública - inovação e desenvolvimento sustentável". O parlamentar discorreu sobre a necessidade de um modelo de gestão com sustentabilidade, que ganha maior dimensão e alcance devido ao bom momento e pelas enormes oportunidades que estão colocadas para o Brasil e Rio Grande do Sul.

Conforme o deputado, mais da metade da população mundial habita as cidades e, em meados do século XXI, quase 75% dela ocupará os grandes centros urbanos. Atualmente, no Brasil, a população urbana já chegou a 85%, o que indica que a medida que o crescimento populacional evolui, aumentam as dificuldades de manter o equilíbrio territorial, urbano, social e ambiental, explicou Villaverde. Em seu discurso, ele citou o livro “A Grande Ruptura”, do economista Paul Gilding, que sugere que os valores de progresso devam ser reconsiderados.

Desenvolvimento sustentável

“A definição clássica de desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz necessidades de gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades”, afirmou o proponente.

O deputado enfatizou que é preciso redescobrir uma verdadeira consciência para um padrão de desenvolvimento de novo tipo, dar um ressignificado ao padrão de crescimento do qual é almejado, ou do contrário, os limites físicos do planeta se excederão.

Villaverde falou que é tempo de recuperar e atualizar a noção para esta e também para as futuras gerações, sobre por onde devem caminhar para que possam fazer prosperar uma visão contemporânea de desenvolvimento da humanidade. O deputado realizou um registro, afirmando que os anais da Assembleia Legislativa já contêm reflexões sobre o tema, produzidas em outros momentos, inclusive durante os Grandes Debates, realizados no primeiro ano da 53ª Legislatura, no âmbito do programa Destinos e Ações para o RS, no período em que foi presidente do Legislativo gaúcho.

Gestão com sustentabilidade

O deputado ressaltou que a gestão com sustentabilidade abre novas vias e linhas para a administração pública. “Nosso país cresce, se desenvolve, gera emprego e renda, inclui socialmente, recupera as funções públicas de Estado e se insere nas relações mundiais de forma autônoma e soberana, constituindo-se uma Nação respeitadíssima e atrativa na esfera global para investimentos”, relatou Villaverde.

Um dos grandes desafios da modernidade, conforme destacou, é a criação de empregos com base na economia solidária e do conhecimento. Defendeu que, para isso, é necessário avançar numa abordagem mais efetiva e integrada das políticas nacionais, regionais e locais, sendo imprescindivel o diálogo, relações, consistência, experiência, competência, parcerias e operacionalidade.

“O papel da gestão da inovação, do desenvolvimento sustentável e da inclusão social deve ser impresso desde agora na administração pública, pois ela afirma e reafirma que o momento presente é crucial para irmos consolidando uma visão e uma compreensão aberta e renovadora das funções públicas de Estado e de desenvolvimento sustentável futuro de nossa sociedade”, finalizou o parlamentar.

Participações
Manifestaram-se em apartes os deputados Márcio Biolchi (PMDB), Marisa Formolo (PT), Zilá Breitenbach (PSDB), Miki Breier (PSB) e Alceu Barbosa (PDT). Também estiveram presentes o secretário de Estado de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã em exercício, Davi Shmidt; o subprocurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Lemos Dornelles; o defensor público do Estado, Felipe Kirchner; e o representante da Associação Gaúcha Municipalista (AGM), Glei Menezes.

Cynara Baum - MTB 14336 - 29/2/2012 - 15:42

Notícias de Hannover


A participação de Tarso e Dilma em Hannover mostra que brasileiros e gaúchos estão sendo representados por quadros políticos que se destacam no cenário internacional. Além de incentivos econômicos, Dilma deu o recado sobre a preocupação dos brasileiros sobre a bagunça econômico que representa hoje as nações constituintes da União Europeia. Com crescimento pífio registrado em 2011, em que o Brasil produziu 2,7% de crescimento sobre o PIB, 2012 tende a ser melhor, ou descobriremos que o fundo do poço tem porão. Saber que a economia brasileira não foi tão bem assim no passado é mais confortável uma vez que esses resultados já se consolidaram nos anais da nossa história, além de apontar reforços na esperança de que esse ano será melhor. Se depender do entusiasmo em Hannover, essa briga já está ganha.

Veja nota oficial de Tarso na Alemanha.


Tarso confirma incentivos a empresas gaúchas na participação em eventos internacionais

Com o objetivo de consolidar a imagem de Estado pujante no mercado global, o Governo do Rio Grande do Sul vai ampliar a concessão de incentivos fiscais para empresas participarem de eventos internacionais. A informação foi confirmada pelo governador Tarso Genro, durante café da manhã em Hannover (Alemanha), nesta segunda-feira (05), com 40 empresários gaúchos que vão participar da feira de tecnologia, a Cebit 2012. O chefe do Executivo gaúcho integra a comitiva da presidente Dilma Rousseff na viagem oficial à Alemanha.

O encontro da delegação gaúcha foi organizado pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) e contou, também, com a presença do presidente da Fiergs, Heitor Müller, do presidente do Sebrae-RS e da FCDL, Vitor Koch, além de representantes de universidades gaúchas.

De acordo com o governador, o benefício fará parte da nova política industrial do Rio Grande do Sul, que será lançada nas próximas semanas. "As empresas pequenas e médias do Estado têm uma incrível capacidade de adaptação para disputar no mercado mundial e estabelecer parcerias. Temos uma rica rede com vocação tecnológica e para inovação e vamos fortalecê-la", afirmou. Na Cebit, a SDPI está apoiando a participação de 16 empresas e três parques tecnológicos com subsídio de 80% do valor de cada estande. Tarso Genro também solicitou aos empresários gaúchos, presentes no café da manhã, que mapeassem as feiras e os eventos de interesse, pois o Estado estará junto nessas iniciativas.

Exemplo
Um dos exemplos citados pelo presidente do Badesul, Marcelo Lopes, que integra a comitiva do Governo, é o da empresa alemã de software SAP. Instalada no Tecnosinos, em São Leopoldo, a SAP conta com 500 funcionários e está dobrando sua capacidade de produção. "O Sistema de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul está altamente preparado para dar o suporte para novos investimentos que cheguem ao RS e se agreguem à nossa base produtiva já instalada", destacou Lopes. O café da manhã da delegação gaúcha ocorreu antes mesmo da abertura da Cebit, nesta segunda-feira.

Parceria
Após encontro com empresários gaúchos, o governador Tarso Genro participou de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, com ministros e empresários brasileiros. Dilma pediu aos participantes sugestões de temas que devem ser abordados durante a Cebit. "A Alemanha tem uma característica que, para nós, é essencial numa parceria estratégica. É um país com uma grande capacidade de inovação e de criação de produtos na área de máquinas e equipamentos de alta precisão, com características que introduzem melhorias de produtividade", afirmou a presidente.

Texto: Guilherme Gomes
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Edição: Redação da Secom (51) 3210-4305