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Paulo Fogaça, Maria Alzira e Carlos Invan |
Na fila do banco testemunhei, neste mês de novembro, uma cena que me fez refletir. Foi o encontro de Carlos Ivan e Paulo Fogaça, com sua professora do primário, Maria Alzira. Ao lecionar na Escola Bernardo Vieira de Melo, Alzira alfabetizou muitos esteienses na década de 60, como foi o caso de Ivan, que fez a 1ª série em 1969. Paulo Fogaça estudou na 3ª série com a professora Alzira, em 1967. No encontro presenciei todos felizes sem saber como agradecer a mestre, pela importância de sua participação em suas vidas. As grandes melhoras sociais, políticas e econômicas se planificam até a base de uma civilização a partir do entendimento sobre as coisas que afetam a própria mudança em curso na sociedade. Mesmo Bento Gonçalves, quando pensava o processo revolucionário na condição de Grão Mestre Maçônico, percebeu que um de seus maiores adversários era o analfabetismo. Pois como comunicaria ao povo gaúcho seus ideais revolucionários para que aderissem ao movimento que se engendrava? Do que adiantam os livros para um povo analfabeto? Che Guevara também tinha essa preocupação e, não é por menos, que o analfabetismo é erradicado em Cuba. Leonel Brizola fez de sua liderança política um instrumento a serviço da educação. Três grandes personalidades de tempos e matizes ideológicas diferentes, mas com uma opinião convergente. A luta contra o analfabetismo é uma das tarefas mais necessárias para a melhora da qualidade de vida de um povo. Esteio já fez campanha contra o analfabetismo e, na ocasião, a prefeita Sandra Silveira dedicava seus sábados pela manhã a visitar as famílias que tinham analfabetos para incentivar o aprendizado da leitura e da escrita. Uma história do passado em nossa cidade, mas ainda existem remanescentes deste tempo que poderiam animar a cidade a tomar rumo na luta contra o analfabetismo.
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