quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Lula aos gaúchos: “Venceremos se colocarmos a alma revolucionária nesta luta”

A quatro dias do segundo turno das eleições 2014, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os gaúchos a mostrarem o poder da militância para dar uma grande vitória ao governador Tarso Genro e à presidenta Dilma Rousseff no domingo, 26 de outubro. “Isso não é tarefa para os candidatos no debate, muito menos para a sorte. Venceremos se colocarmos a alma revolucionária e combatente de todos os homens e mulheres nesta luta”, asseverou, diante de milhares de olhos emocionados e vozes que não cessavam de repetir: “1, 2, 3, 4, 5, mil; é Tarso no Rio Grande e a Dilma no Brasil”.

Estímulo para a arrancada final não faltou nas palavras ditas por Lula, Tarso e pela futura vice-governadora do Rio Grande do Sul, Abgail Pereira. Todos abordaram a mudança iniciada em 2003, com o primeiro mandato de Lula no Brasil, que tem sequência hoje com Dilma Rousseff e que, no Rio Grande de Sul, ganhou lugar a partir da chegada de Tarso ao Piratini.
Lembrando a diferença entre os projetos que estão em disputa no Estado e no Brasil, Lula anotou: “Não precisamos de um choque de gestão, mas de um choque de inclusão”.
 
Lula alertou a militância para o discurso de redução de custo do Estado, repetido pelo candidato José Ivo Sartori (PMDB), que aponta para uma política de arrocho, cujo impacto maior sempre será nas camadas mais carentes da população. “Quando eu vejo o adversário do Tarso dizer que vai cortar gastos, tenham cuidado, pois vai sobrar para os trabalhadores gaúchos”, ilustrou.

Abordando outro tema recorrente do debate eleitoral no Rio Grande do Sul, a dívida pública do Estado com a União, o ex-presidente recordou que a economia jamais deve ocupar o protagonismo que compete às políticas sociais. “A maior dívida que temos é com o povo brasileiro e vai demorar muito tempo para pagarmos, pois foram 500 anos de exclusão”, recordou.

Tarso: “O Estado se desenvolve com proteção social”

O governador Tarso Genro também fez questão de marcar as diferenças entre os compromissos que assume para o próximo mandato e a trajetória do partido de seu oponente no pleito de 2014. “Hoje o Rio Grande do Sul se desenvolve com proteção social”, explicou.
O cuidado com a população mais carente, que inspira o projeto de Tarso, foi obra do trabalho desenvolvido em conjunto com Lula quando o governador exerceu o cargo de ministro da Educação. “Lembro de um assessor perguntando se o Prouni não seria um gasto exagerado. E o L

ula respondeu que era investimento no filho do trabalhador”, recordou.

Nos últimos três anos e meio, o Rio Grande do Sul viu florescer uma nova realidade, de economia pujante à serviço da inclusão social. Interromper esse processo, que já está trazendo efeitos positivos para a população, como o aumento de renda que foi o dobro do que sentiu o brasileiro, ou o salto de qualidade da educação, que deixou a 11ª posição no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para ocupar a 2ª, “seria um retrocesso”, lembrou o governador.

Sua companheira de chapa, Abgail Pereira, estimulou os militantes que já estão produzindo uma virada histórica. “Ela já está acontecendo”, defendeu.

Estimativa de 15 mil presentes

Pelo menos quinze mil pessoas caminharam, nesta quarta-feira (22), ao lado do ex-presidente Lula e do governador e candidato à reeleição, Tarso Genro, no centro histórico de Porto Alegre. O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Ary Vanazzi, disse que a Brigada Militar chegou a contar 15 mil participantes.

Lula chegou à capital no final da manhã e se dirigiu para a Esquina Democrática, de onde percorreu um curto trajeto até o Largo Glênio Peres em carro aberto. Se no solo, cidadãos se espremiam para apertar a mão de seus líderes, do alto dos edifícios, papéis picados voavam das janelas dos escritórios, assim como diversas bandeiras vermelhas e das campanhas de Tarso e Dilma eram colocadas nas janelas para saudar o ato.


Foto: Caco Argemi/UPPRS
Tarso e Lula

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