quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Precisamos continuar combatendo o atraso

Em um dos debates que travamos na campanha eleitoral de 2014, os opositores questionavam os investimentos do Brasil no Porto Mariel em Cuba. Nessa conversa, defendemos a questão estratégica revelando o aspecto pragmático adotado pelo Brasil nessa relação. Os oponentes apelaram para tanta besteira em seus argumentos ideológicos que sequer vale repetir. Essas pessoas revelaram nesse debate o quanto são atrasadas no que diz respeito a política internacional. Esse discurso remonta os posicionamentos de Lincoln Gordon no Brasil demonizando João Goulart e que fizeram chover dólares americanos para financiar campanhas eleitorais em nosso País, como parte de uma estratégia adotada pelo governo John F. Kennedy. Isso se deu em 1962, quando se instituiu o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), como ferramentas de disputa ideológica financiada pelos estadunidenses. Essa foi a porta de entrada para o caixa dois de empresas brasileiras que financiaram o golpe em 64 organizado pela própria CIA para gerar uma paranoia no Brasil. A Igreja apoiou o movimento de direita em torno da Tradição, Família e Propriedade (TFP) na época. A partir daí é que surgiram as marchas que demonstravam desagrado pelas reformas de base anunciadas por Jango.
Agora vamos à atualidade. O Papa da Igreja Católica foi o mediador da aproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, que resultou na libertação de Antônio, Gerardo e Ramon, que estavam presos e puderam retornar para a Ilha. Esta aproximação ensaia o fim do embargo a Cuba. Pensar nos investimentos feitos em prol das empresas brasileiras no Porto Mariel sem o embargo, demonstra que a posição demasiadamente ideológica é de quem criticava a ação estratégica adotada pelo Brasil. Com isso, nosso País se constitui como a principal liderança da América Latina para o desenvolvimento do sul do continente. Segue aqui uma entrevista de quem está à frente deste movimento e assume a liderança perante todos os chefes de estado demonstrando grande competência política. 

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