terça-feira, 29 de novembro de 2011

Schmidt fala sobre a PEC da Água durante seminário em Esteio



O deputado Luís Fernando Schmidt (PT) será um dos painelistas do 4º Seminário do Comitê Intermunicipal Legislativo de Acompanhamento das Ações do Pró-Sinos, que será realizado nesta quarta-feira (30), na Câmara de Vereadores de Esteio, com o tema Não à privatização da água. O parlamentar participa, em conjunto com o diretor de Operação da Corsan, Ricardo Rover Machado, do painel “breve histórico, ações e perspectivas do saneamento no RS, com enfoque na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos”. Schmidt falará sobre a PEC 206/2011, a chamada PEC da Água, a partir das 10h45min.
Em tramitação na Assembleia Legislativa, a PEC apresentada pelo deputado no início deste ano determina que o Estado ou o Município detenham, no mínimo, 51% do capital votante e 51% do capital social das empresas de saneamento. A proposta não impede a participação da iniciativa privada, que pode deter até 49% do capital, mas quer garantir que o controle acionário seja do Estado, para prestar e planejar os serviços sobrepondo as necessidades da população aos interesses econômicos. “O debate que estamos propondo no Rio Grande do Sul busca ampliar a consciência em torno da ideia de que a água não é mercadoria e que em países que privatizaram o serviço, como França, Inglaterra e Bolívia, houve aumentos abusivos de tarifas, causando a indignação da população e a retomada do controle público do serviço. No Brasil, não será diferente”, adverte.
Também serão palestrantes do seminário, que se inicia às 8h30min e vai até as 16h, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi; o presidente da Associação Nacional dos Serviços de Saneamento (Assmae), Silvio José Marques; o diretor executivo do Consórcio Pró-Sinos, Júlio Dorneles; Vera Rambo, coordenadora do Projeto Cata-Vida, de Novo Hamburgo, entre outras autoridades na área ambiental e de saneamento.
Atualmente sob a presidência do vereador de São Leopoldo Nestor Schwertner (PT), o Comitê surgiu em 2007 e é integrado por vereadores de 32 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um até logo para o amigo Alceu

Naquela quarta-feira, dia 23 de novembro, retornava para casa e o vi caminhando. Pensei e pronunciei em um silêncio confidencial de quem fala consigo, “alles gut”. O cumprimento secreto tinha sido para meu amigo Alceu, motorista da prefeitura, já que eu passava de carro e ele não tinha me visto. Não imaginava que esse gesto solitário seria o último, que não veria mais meu amigo caminhando pelas ruas da cidade com sua bolsa térmica em mãos. Ocorre que naquela noite, por volta das 22 horas o Alceu sofreu um ataque súbito e faleceu.
Eu estava trabalhando on-line, em casa, quando a notícia chegou e não acreditei. Pela manhã do dia seguinte o Secretário de Articulação Institucional e Comunicação, da Prefeitura de Esteio, Sigfried Bernich me mandou uma mensagem SMS e então, dividi a informação com minha esposa e choramos juntos a inconformidade da perda do amigo. É evidente que o sentimento que me assolava naquela manhã não tinha qualquer comparação com a situação que vivia os familiares do meu amigo pela perda do avô, do pai, do esposo. Nossa afinidade se deu, no início, pelo idioma alemão, que utilizávamos para nos cumprimentar e, diante das tensões cotidianas, fazer piadas. Piadas que só nós compreendíamos, repletas de palavrões disparados por mim, que o deixava enrubescido. Depois cada um ia para o seu lado às gargalhadas ao tempo que a plateia do entorno ficava com aquela expressão interrogativa, sem solução.
Ele trabalhava na Secretaria da Habitação e, na primeira oportunidade que tive, fiz um esforço para que integrasse nossa equipe, junto a secretaria da Comunicação. Sua postura profissional era impecável e foi um grande apoiador do Prefeito Gilmar Rinaldi, motivo de muitos debates que ocorriam em torno da mesa do Rogério, no subsolo da Prefeitura, logo que retornei para Esteio, em 2005. Depois disso, a Jornalista Clarissa Collares tomou frente na organização da programação de valorização dos funcionários da prefeitura. Ação que via com bons olhos, pois ações de endomarketing sempre foram muito raras e a ideia de valorização dos servidores se debruçava historicamente sob o aspecto economicista e salarial. Via a ação da Clarissa como um gesto administrativo de vanguarda ao implementar o programa de mostra de talentos entre os funcionários. Entre músicos anônimos, atores, poetas encontramos o Alceu apresentando seu talento com pudins e culinária típica alemã. Impressionante!!!
Logo esse talento se tornou popular entre todos e ninguém mais conseguia levar um dia de trabalho sem saborear uma trufa. Nas ceias da equipe ele assumia sua vocação de mestre cuca e preparava, com muito carinho e dedicação, a refeição que marcava na memória a festa e a confraternização. Nos momentos especiais eu encomendava a famosa lasanha de salmão, que compartilhava com os amigos mais íntimos. Sempre que fazia isso lembrava a importância da ação liderada pela amiga Clarissa, que ora revelara um talento que se escondia por detrás do volante. Creio que Alceu permanecerá na memória de todos como uma pessoa de paladar refinado, que conhecia muito da culinária, ao invés do motorista da prefeitura que caracterizava sua função profissional. Creio que ele será lembrado pelo seu talento, pela sua simpatia e pelo espírito brincalhão que lhe marcou, ao longo do tempo, em sua face traços claros de quem passava grande parte de seu dia com um sorriso impresso no rosto.
Em seu velório, realizado no dia seguinte em São Leopoldo, ainda não tinha me dado conta de como Alceu marcou minha vida. Enquanto o ministro religioso fazia a cerimônia percebia que algo estava muito desconforme com meu amigo. Pois já se passavam alguns minutos e seu semblante não mudara, coisa que em situação normal não ocorreria, em pouco temo em sua presença sempre emergia um marcante sorriso. Olhei para o lado, mesmo sem falar nada, minha esposa então disse: _ Nunca tinha visto ele tanto tempo sem sorrir. Uma bela síntese da vida e juntos choramos e nos despedimos dele com um até logo. Tivemos a clareza de que ele estava sempre presente conosco, mesmo quando vida profissional nos colocou em caminhos diferentes. Agora não será diferente, pois o limite da vida é algo que ele conheceu primeiro, mas essa lição será conhecida por todos nós e desejo poder reencontrar o amigo, caso isso seja possível.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O JORNALISMO COMO DESAFIO

Marcos Rolim

Alguém, no Brasil, que se interesse por política e que deseje saber o que os governantes, os parlamentares e os gestores públicos estão fazendo ou planejando não encontrará muita informação de qualidade em nossos jornais e revistas.
Se houver o interesse de compreender as decisões políticas, o problema será ainda maior. Atualmente, são pequenas as chances do leitor exigente encontrar uma análise política que acrescente algo relevante àquilo que todos sabem. Primeiro, porque os jornais não oferecem o espaço necessário para o texto. Os veículos precisam aumentar o número de leitores e perseguem este objetivo, como regra, simplificando as abordagens. O pouco tempo para a produção das matérias e a redução do número de profissionais nas redações pavimenta o caminho para a superficialidade. Se desconsiderarmos os pequenos espaços, reservados aos artigos de opinião e à elaboração cada vez mais esporádica de matérias consistentes, fica evidente a tendência editorial em favor das matérias curtas, das notícias cada vez mais descontextualizadas, e, é claro, da cobertura do “escândalo” da vez.

O papel do jornalismo investigativo é muito importante – especialmente em uma realidade como a brasileira. Mas é preciso considerar que, se a esmagadora maioria das matérias sobre política dão conta de práticas suspeitas ou de fofocas eleitorais, o que se torna invisível é, precisamente, a substância das políticas públicas. Neste particular, a recente polêmica de Caco Barcelos com a colunista da Folha de São Paulo, Eliane Catanhede, na Globo News, sugere uma agenda importante.
Referindo-se ao papel da mídia na derrubada de ministros, Eliane disse que 2011 estava sendo um ano “alvissareiro” para a imprensa brasileira. Caco Barcelos, então, pergunta: “Será mesmo?” Seu argumento é que tem sido comum que matérias acusem, e também sentenciem, uma conduta que não constituiria propriamente “jornalismo”. Em recente seminário da AJURIS, o Desembargador Cláudio Baldino Maciel assinalou que, se juízes fizessem jornais, eles teriam uma linguagem inacessível, seriam longos, chatos e nunca seriam editados com a necessária agilidade. Por outro lado, disse, se jornalistas prolatassem sentenças, elas seriam muito rápidas, inapeláveis e frequentemente injustas. Penso que, neste ponto, lhe assiste toda a razão e que o melhor jornalismo é aquele que informa, não aquele que julga. Ocorre que, para bem informar, é preciso que o jornalismo reflita a complexidade do real. Vale dizer: é preciso lidar com fenômenos contraditórios que nunca serão apreendidos imediatamente e cujos significados mais importantes demandam, sobretudo, o pensamento. Reside aí, precisamente, o maior desafio do jornalismo: informar para estimular a reflexão autônoma, a dúvida sistemática. Quando o jornalismo produz certezas, algo nele vai muito mal. Quem “paga a conta”, claro, é o leitor que pensa que compreendeu tudo quando sequer lhe foi oferecida a condição para que comece a ver para além da névoa que encobre o mundo

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fragmento do texto "Entre o prazer e o direito, um elogio à emancipação das pessoas"


Fragmento do texto "Entre o prazer e o direito, um elogio à emancipação das pessoas".

As revoluções tecnológicas incidiram diretamente no comportamento das tribos, que se tornaram cidades-estado, reinos e, mais recentemente, concebeu-se o estado-nação. Com o aprimoramento tecnológico surgiram as indústrias, a produção em série e a concentração humana nos grandes centros urbanos. Por todo esse percurso os indivíduos trazem consigo as angústias decorrentes dos tencionamentos entre o desejo de cada um e a vida coletiva.

Para Hanna Arendt, os conflitos entre o universo individual e o coletivo é mediado pela política. Em decorrência deste ponto de vista, Hanna conclui que a política não está no homem, mas entre os homens. O momento de crise da política está diretamente relacionado a crise das civilizações. O descrédito da política tem relação com a ideia de fracasso social. No século XX a humanidade viveu as experiências do totalitarismo genocida, racista, homofóbico e as grandes guerras mundiais.

Nesse período a tecnologia foi determinante para que a falência da política fosse apresentada à humanidade, como a possibilidade de sua própria destruição. Os ataques nucleares imprimiram nova dinâmica entre as civilizações. O sucesso de determinadas civilizações organizadas em seus respectivos territórios políticos, apesar de seu desenvolvimento tecnológico, manteve-se relacionada a capacidade de agir em conjunto com o conhecimento voltado à destruição e dominação do outro.

Aqui temos motivos suficientes para qualquer pessoa ter aversão a política. Ocorre que essa contrariedade cria as condições ideais de controle sobre os indivíduos. Porém, o grande equívoco decorrente da negação da política está na fragilidade do indivíduo perante a força coletiva que se deposita nas mãos daqueles que não negam a política. Hoje, no Brasil pelo menos, o sistema representativo elege os dirigentes públicos dos poderes Legislativo e Executivo, seja no município, nos estados ou no território político da nação brasileira.

O desafio de nossa nação é garantir para cada indivíduo as oportunidades fundamentais à vida. Somente assim é possível compreender esse espaço territorial como uma nação, pois não existe sociedade em que somente uma das partes é beneficiada, ou seja, tal situação jamais pode ser chamada de sociedade.

Teremos então outras nomenclaturas mais apropriadas, com definições conceituais mais honestas ao utilizar termos como ditadura, totalitarismo ou outro termo que aponte a extinção da participação no poder de uma das partes e a definição deste segmento como parte escravizada. A lógica desse sistema tem uma fina sintonia de fidelidade com a ideia do totalitarismo, que saltou aos olhos diante das terríveis experiências políticas vividas pela humanidade no decorrer do século XX.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Homenagem que recebi do Jornal Destaque

Um agradecimento aos colegas do Jornal Destaque que registraram a passagem do meu aniversário. Muito obrigado pela lembrança.Para conferir clique no endereço abaixo referente a edição do Jornal e busque a coluna social.

http://jornaldestaquers.blogspot.com/2011/11/edicao-1805.html

Homenagem que recebi do Jornal Eco do Sinos

Segue homenagem que recebi do Jornal Eco do Sinos, em virtude da passagem de meu aniversário. Muito obrigado pelo reconhecimento e lembrança.


http://www.ecodosinos.com.br/galeria.php?categoria=social

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Charles Scholl: A cidadania promovida na história ...

Charles Scholl: A cidadania promovida na história ...: Charles Scholl: A cidadania promovida na história do Eco do Sinos : O Jornal Eco do Sinos marca mais um aniversário circulando interruptamen...

Material Eco do Sinos - Revolucionário fala de revolucionário


Ubiratan de Souza apresenta documentário na II Semana Che Guevara

Com uma lucidez impressionante sobre a atualidade politica e econômica internacional, o economista Ubiratan de Souza proferiu uma palestra memorável em seu painel “Che e o ideal de libertação da América Latina”. A atividade, realizada na noite de quarta-feira, dia 9, no Plenário da Câmara de Vereadores, é parte da programação da II Semana Che Guevara, promovida pelo vereador Leo Dahmer, do PT. O economista iniciou seu painel com comentários relativos ao documentário argentino “Che Guerrilheiro”, que ainda não circula no Brasil. A breve introdução despertou a curiosidade do público formado por lideranças sindicais, políticas, comunitárias e ativistas de diversos movimentos sociais, que assistiram o documentário no telão, com o sistema de som das novas instalações da Câmara de Vereadores.
Apesar do horário, que ultrapassava as 22horas, os participantes mantiveram por mais uma hora o palestrante com ávidos questionamentos acerca da experiência cubana e o projeto de unidade da América Latina. Ubiratan dividiu a experiência de ter morado em Cuba por quatro anos, local onde passou o período de 1974 a 1978. O painelista é ex-comandado de Carlos Lamarca e sua história já integrou o espaço das telenovelas brasileiras com seu testemunho em “Amor & Revolução” (http://www.youtube.com/watch?v=XTfig7P3X5U). Ao final do evento um constrangimento afetou alguns participantes, pois pelo horário os serviços do Trensurb tinham encerrado. Porém, o espírito de compromisso solidário presente em todos os momentos da palestra prevaleceu, os demais participantes viabilizaram caronas superando o impasse.

Ubiratan de Souza - integra hoje o Gabinete do Deputado Estadual Raul Pont, foi Secretário de Orçamento e Finanças do OP-RS do Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Gestão do PT - Governador Olívio Dutra (1999 - 2002), Coordenador Geral do Gabinete de Planejamento (GAPLAN) do OP da Prefeitura de Porto Alegre (1993 - 1998) – Gestões do PT dos Prefeitos - Tarso Genro e Raul Pont. Também é autor de importantes publicações sobre as experiências do Orçamento Participativo. Foi painelista em diversos países da América Latina com temas relativos a experiências de participação popular.
Na quinta-feira foi realizado debate com alunos de história das redes municipal e estadual de Esteio, com o tema "Che Guevara, O Guerrilheiro Humanista e a América Latina". A orientação foi do professor Laurence Würdig Gonçalves, que é mestre em educação e especialista em história contemporânea.
A programação da II Semana Che Guevara se encerra no sábado, 12, com a Noite Cubana, que será realizada no Espaço Cultural 711 (Av. Dom Pedro, 711 - Centro – Esteio).

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Uame reúne prioridades dos bairros para apresentar à Prefeitura


A União das Associações de Moradores de Esteio – Uame, realizou na terça-feira, dia 08 de novembro, reunião com os presidentes de associações de moradores da cidade para formular documento que estabelece as prioridades para cada bairro. A reunião ocorreu na sede do Sindiplast, (Rua Garibaldi) e teve por objetivo estabelecer uma pauta prioritária de obras para cada bairro representado da cidade, com ênfase às obras eleitas no Orçamento Participativo que não foram realizadas.


As obras e serviços priorizados por cada presidente de associação de moradores incorporará o documento que será apresentado às instâncias do Poder Público pela Uame. “Queremos ajudar as associações de moradores da cidade a se articular melhor com a Prefeitura”, afirma presidenta da Uame, Dirce Bloedow.

Gerente da Corsan de Esteio inicia diálogo com associações



Na mesma noite, as lideranças comunitárias receberam o Gerente da Corsan de Esteio, Abraão de Farias, que deu início ao que chama de aproximação da empresa pública com os moradores da cidade. Em nome da Corsan manifestou a preocupação social da instituição, que se acentua na gestão do Governador Tarso Genro. “A Corsan de Esteio quer se aproximar das associações de moradores da cidade para cumprir seu papel social e contribuir com a organização e consolidação do movimento comunitário”, explica. Entre as questões tratadas pelo gerente, a defesa da água como um bem público esteve presente em todas suas falas, destacando o papel social que a Corsan exerce nos municípios deficitários, onde não existe interesse da iniciativa privada em privatizar o fornecimento da água. O tema é atual devido a Proposta de Emenda Constitucional , de autoria do Deputado Luis Fernando Schmidt (PT), que tramita na Assembleia Legislativa que afirma a água como um bem público impedindo a privatização dos serviços no Rio Grande do Sul.