quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os novos prazos da BR 448 Rodovia do Parque são para 2014


Para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes a construção da BR 448, popularmente chamada de Rodovia do Parque, é uma das mais importantes obras rodoviárias do sul do Brasil. Orçada em R$ 824 milhões, a rodovia deve absorver cerca de 40% do fluxo de veículos da BR-116, em torno de 37,5 mil veículos por dia. O congestionamento diário da BR-116 torna a obra uma prioridade para a população e para o desenvolvimento da economia gaúcha, uma vez que mais da metade do PIB do Rio Grande do Sul fica congestionado na rodovia. Além disso, o atraso causou descompasso entre a conclusão da Arena do Grêmio e o anel viário que dá acesso à obra.

A BR 448 foi uma grande conquista dos Gaúchos, que foi possível com a primeira vitória de Lula. Antes disso, o traçado da Rodovia do Parque se confundia com o Polão e o Anel Viário Metropolitano. Tais obras previam a construção de várias praças de pedágio. Com a vitória de Lula, em sua primeira eleição, o Governo Federal mudou o destino desta história e implementou a construção da Rodovia do Parque sem pedágio, frustrando alguns grupos econômicos diretamente interessados na obra e no pedágio.

Na terça-feira, 22, o tema da conclusão da Rodovia do Parque tomou a capa da Zero Hora, com duas páginas internas tratando do assunto em uma reportagem especial que recupera a recente história da construção da rodovia e atualiza o prazo de entrega da obra. A matéria é assinada pelos jornalistas Humberto Trezzi e Marcelo Gonzatto.

O que a matéria da Zero Hora informa

Em análise a abordagem da Zero Hora, publicada na terça-feira (22), a capa traz um diagrama apontando o adiantamento da obra pela quantidade de material estocado para a construção da ponte estaiada. O problema é apontado na cabeça do diagrama informando que a Arena do Grêmio ficará pronta antes dos acessos. A palavra Avançou está em letras garrafais, seguindo de sua contradição nos seguintes termos: “Mesmo atrasada, Rodovia do Parque toma forma na Região Metropolitana. Promessa é da conclusão das obras até o começo de 2014”.

O texto aponta que a obra está 60% concluída, no geral. Porém, a rodovia é dividida em três lotes que encontram-se em diferentes estágios de construção. O jornal credita os dados ao engenheiro Luiz Antônio Didoné, que coordena as obras do lote 1 da rodovia, que fica entre Sapucaia do Sul, que marca o quilômetro zero e a BR 386 em Canoas, com uma extensão de 9,1 quilômetros. Nesse trecho, o engenheiro diz que está 65% pronto. No Lote 2, que fica entre a Tabaí (BR 386) até o quilômetro 14,4 da rodovia, está com 64% da obra concluída. E no lote 3, que compreende o último trecho da rodovia que desemboca na freeway, está com 48% da obra realizada.


O que marcou a linha do tempo

Agosto de 2009 – fim da licitação e definição de quem vai fazer. Em setembro Lula veio pessoalmente em Sapucaia do Sul para inaugurar a obra.

Câmara de Vereadores de Canoas, em junho de 2010, chama o Dnit para prestar informações sobre o andamento da obra. O início dos trabalhos em alguns trechos foi lento.

O mês de Março de 2011 foi marcado na reportagem ao informar que homens e máquinas já trabalhavam em 17 dos 22 quilômetros do traçado da rodovia.

O tema da Arena Gremista é abordado na reportagem a partir de junho de 2011, com o início da construção das alças da ponte estaiada que cruzará a freeway. Em outubro de 2011 foi destacada a demora na remoção de 599 famílias. Afirma o texto que tal imprevisto atrasou a obra em 5 quilômetros, em Canoas. Até este momento tínhamos como prazo a entrega para o final de 2012. Com essa situação, a entrega passou a ser prometida para abril de 2013.

A situação dos trabalhadores também da obra também virou notícia. No início de 2012, ao final do período de férias, cerca de 10% dos trabalhadores não reapareceram para bater o ponto. A maioria deles oriundos de outros estados. Apesar do impasse, o Dnit garantiu que novos operários seriam contratados sem comprometer o ritmo da obra.

Abril de 2012 é destacado o fato de 150 famílias, das 599 terem sido reassentadas. A matéria destaca que a obra já deveria estar pronta, porém está 55% concluída. Embora faça o apontamento óbvio, “Apesar disso, o traçado ganha forma e a estrada fica mais visível.”



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