STELA FARIAS
Deputada (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva Soberana do Sistema Político
A presidente Dilma, com muita coragem, retomou a pauta da Reforma Política, atendendo a proposta de mudança do segundo governo. O tema tem esbarrado na falta de vontade política do Congresso e os projetos de reforma são sistematicamente engavetados. Foi o que aconteceu com projeto da presidente enviado logo após as manifestações do ano passado. Por isto, não há dúvidas de que reforma política de caráter estrutural dificilmente nascerá de articulação interna ao Parlamento. Nascerá da imprescindível pressão social.
Este ano, o plebiscito popular realizado por centenas de movimentos sociais colheu cerca de 8 milhões de votos em todo o país, 97,05% favoráveis à Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O anseio por mudança, traduzido nas urnas do plebiscito e das eleições, deve ser atendido pela presidente Dilma com o aval popular.
O PT chegou ao governo federal há 12 anos e, apesar das conquistas obtidas por meio de muita luta, teve suas principais propostas de reformas travadas no Congresso, no STF, pela pressão do poder econômico e da mídia.
Agora, de novo, setores reacionários já se posicionam contra o plebiscito oficial. Cabe, então, a nós, populares e representantes do povo, nos unirmos à presidente Dilma para que não sepultem, mais uma vez, a proposta construída pelos movimentos sociais. Não conquistaremos um plebiscito oficial sem mobilização.
Precisamos de uma reforma política urgente que mude o sistema político, que enfrente a imposição do poder econômico e a sub-representação e combata o oportunismo eleitoral.
Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político na Assembleia, temos posições muito claras. Só teremos avanços na reforma política se questionarmos o atual modelo de financiamento privado de campanha. Na forma como é hoje, lideranças populares ficam sempre em desvantagem na disputa eleitoral, pois no atual sistema as eleições passaram a ser um negócio.
Portanto, renovamos nossa disposição em defender a instalação da Constituinte Exclusiva para debatermos a reforma do sistema político e, sobretudo, prestamos apoio incondicional à presidente Dilma, que sempre esteve na defesa da democracia.
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