Um bate papo virtual com centenas de internautas marcou o início da tarde desta segunda-feira (08) do candidato à reeleição pela Unidade Popular Pelo Rio Grande (PT, PTB, PCdoB, PPL, PTC, PR, PROS), Tarso Genro. Durante quase uma hora, o governador respondeu dezenas de perguntas enviadas por eleitores através de ferramentas como Facebook, Twitter e Whatsapp. A conversa foi mediada pela jornalista Rachel Duarte.
Tarso começou falando sobre as diferenças entre o seu projeto para o futuro do Rio Grande do Sul e o representado pela oposição. “A minha principal adversária não está preparada para assumir o setor público”, alertou.
O governador elogiou o sistema de participação popular do Estado – integrado por Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, fórum dos Coredes, Orçamento Participativo e Gabinete Digital – que considera fundamental para alcançar “mais democracia”. “É preciso ampliar e fortalecer essas formas de participação direta da cidadania”, defendeu.
Em seguida, comparou: “A minha principal adversária, por exemplo, está acostumada apenas a falar para as pessoas, sem receber nenhum contraponto, devido à sua única experiência política ser como comunicadora”.
Questionado via Facebook, o candidato falou sobre a democratização da mídia e sugeriu que sociedade crie mecanismos para fiscalizar o que veiculam os meios de comunicação. "A última coisa que pode resolver isso é censura. Os nossos adversários fazem confusão com isso de propósito", asseverou.
Para ilustrar sua opinião, o governador reconstruiu a história da imprensa brasileira, que hoje constitui um oligopólio, no qual poucas empresas concentram a maioria das licenças do espectro radiofônico e de operações impressas e digitais. "Devemos criar um novo regime de concessões e regular uma pluralidade maior para vencer o monopólio da circulação da informação", acredita.
Políticas para a juventude e para as mulheres
A ser questionado sobre sua proposta para o transporte público no Rio Grande do Sul, Tarso defendeu uma aliança ainda mais profunda com o Governo Federal para mudar o sistema de regulação do transporte coletivo nas regiões metropolitanas. "Temos que trabalhar com bilhete único, com BRT e outros sistemas modernos para melhorarmos a vida da população", observou.
Tarso afirmou que vai desenvolver novas políticas para a juventude em seu próximo mandato e aproveitou para celebrar o salto de qualidade da educação pública do Estado atestado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, divulgado na última sexta-feira, segundo o qual o Rio Grande do Sul saiu do 10º para o 2º lugar.
Para o governador, esse resultado tem relação direta com a recuperação das redes físicas das escolas - o fim das escolas de lata, as mais de 2 mil reformas -, a valorização dos servidores da educação e a reestruturação curricular.
Ao responder outro internauta, Tarso defendeu as ações do governo em defesa dos direitos das mulheres no Estado. "Nós reduzimos em 32% os feminicídios através de políticas desenvolvidas em conjunto pela Secretaria de Segurança e a Secretaria de Políticas Para as Mulheres", recordou.
Além de mencionar as importantes ações para qualificação e empregabilidade de mulheres por meio dos programas sociais como Pronatec, Microcrédito Gaúcho e RS Mais Igual.
Prosperidade também para os pequenos
O governador comemorou ainda a elevação das vendas da agricultura familiar na Expointer, que cresceram 25%, e lembrou que esses resultados estão vinculados com as ações de apoio aos pequenos produtores. "Esse setor respondeu ao Plano Safra Gaúcho favoravelmente", exemplificou.
Ao se dirigir aos internautas para encerrar o bate-papo, Tarso desafiou os gaúchos e gaúchas a compararem as ações do atual governo com os anteriores, dos quais projetos que hoje são de oposição fizeram parte em um passado recente. "O pior que pode acontecer ao Rio Grande é nós recomeçarmos do zero", alertou.
Foto: Caco Argemi, UPPRS

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